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8 Mitos e Verdades sobre o Câncer de próstata | Vida Saudável

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A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que está localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela desempenha um papel importante na produção do líquido prostático, que junto com o líquido seminal nutre e transporta os espermatozoides na ejaculação. 

Geralmente, esse órgão é pequeno, com um peso aproximado de 20 gramas. Porém, conforme a pessoa envelhece, é possível que sua próstata cresça. Isso pode ser reflexo de uma hiperplasia (condição benigna que pode dificultar a micção) ou um câncer.

O câncer de próstata é caracterizado pela formação de um tumor decorrente do crescimento anormal e descontrolado de células dentro da glândula. Segundo o Ministério da Saúde, trata-se da segunda maior causa de óbito por câncer entre os homens no país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. 

Vídeo: Câncer de Próstata: o que é, exames de rotina e prevenção

Daí a importância de esclarecer as informações sobre essa condição. A seguir, conheça nove mitos e verdades relacionados ao câncer de próstata, seus sintomas, tratamento e prevenção:

1. Existem diferentes tipos de câncer de próstata

Verdade. Embora o adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular) seja o tipo mais comum da doença, o câncer de próstata pode ser classificado em outras categorias. Isso inclui, por exemplo, casos menos frequentes, como o câncer no sistema neuroendócrino.

2. A genética é uma das causas desse tipo de câncer

Verdade. Homens com histórico familiar de câncer de próstata têm maior risco de desenvolver a doença. Certas mutações genéticas também estão associadas a uma maior probabilidade.

3. Os sintomas do câncer de próstata são sutis

Verdade. Os sintomas do câncer de próstata podem não se manifestar de forma clara até o tumor atingir um estágio mais avançado. Eles ainda podem ser confundidos com outras condições de saúde, como a própria hiperplasia.

Dentre os sintomas mais comuns da doença estão:

  • Dificuldade para urinar;
  • Urgência urinária;
  • Dor ou queimação ao urinar;
  • Sangue na urina ou no esperma;
  • Dor na região pélvica; e
  • Dor nos ossos.

4. O câncer de próstata só afeta homens mais velhos

Mito. Embora a maioria dos casos ocorra em homens com 65 anos ou mais, estudos mostram que o câncer de próstata pode ser diagnosticado em indivíduos a partir dos 40 anos. Nesse sentido, a indicação é que pessoas com histórico familiar da doença ou que apresentem outros fatores de risco façam acompanhamento médico desde cedo, a fim de detectar precocemente esses casos.

5. A alimentação pode influenciar no desenvolvimento da doença

Verdade. Embora ainda não seja consenso na comunidade médica, pesquisas recentes sugerem que dietas ricas em gorduras saturadas e carnes processadas podem aumentar o risco de câncer. Por outro lado, uma alimentação rica em frutas, vegetais e peixes pode ajudar a reduzir os riscos de desenvolver a doença.

6. O câncer de próstata pode acometer outros órgãos

Verdade. Assim como acontece com outros tipos de câncer, as células malignas da próstata podem se espalhar para tecidos próximos, como a vesícula seminal e a bexiga. Também é possível haver contágio de órgãos mais distantes, como os ossos e os gânglios linfáticos. Normalmente, o estágio da doença determina a extensão do seu impacto.

7. Só existe um tipo de tratamento para o câncer de próstata

Mito. O tratamento varia conforme o estágio da doença, a saúde geral do paciente e outros fatores individuais. As principais abordagens incluem:

  • Cirurgia para remoção total da próstata e, possivelmente, dos tecidos adjacentes afetados pelo câncer;
  • Radioterapia;
  • Hormonioterapia para reduzir ou bloquear os efeitos da testosterona;
  • Quimioterapia;
  • Imunoterapia.

8. Não há como prevenir a doença

Mito. Embora seja influenciada por questões genéticas, é possível prevenir o câncer de próstata a partir da adoção de hábitos saudáveis e conscientes. Algumas estratégias possíveis são:

  • Manter uma alimentação equilibrada;
  • Praticar atividades físicas;
  • Realizar exames de rastreamento regularmente;
  • Evitar fatores de risco, como tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico, especialista em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein. 



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