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Conheça 6 opções de tratamento para disfunção erétil

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É inegável que uma vida sexual saudável satisfatória é parte essencial do bem-estar integral. Todavia, entre os homens, diferentes problemas podem afetar o desempenho sexual, gerando inconvenientes e aspectos psicológicos que podem retroalimentar o quadro. Exemplo disso é a disfunção erétil.

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Com múltiplas causas e diferentes possibilidades de tratamento, a disfunção erétil é um assunto que merece ser discutido, diante do impacto que ela pode trazer à vida de homens de todas as idades. Vamos falar mais sobre isso? Acompanhe!

O que é a disfunção erétil?

De acordo com a literatura médica, a disfunção erétil é caracterizada pela incapacidade que um homem, independentemente da idade, pode experimentar em obter e manter uma ereção para proporcionar uma relação sexual satisfatória. Na prática, ela não é uma doença, mas uma associação de manifestações de sintomas relacionados a fatores fisiológicos, psicológicos, de forma isolada ou em conjunto.

A multiplicidade de causas é uma característica significativa da disfunção erétil. Elas vão desde hábitos inadequados (como tabagismo e excesso de consumo de álcool) a distúrbios hormonais, descontrole do colesterol ou da pressão arterial, problemas neurológicos e psicológicos e o uso crônico de determinados medicamentos.

Com tudo isso, parece haver uma epidemia de disfunção erétil, com cada vez mais homens se queixando de dificuldades sexuais relativas a problemas de ereção. Um estudo ainda citado como uma das principais referências sobre o tema foi feito nos Estados Unidos, no final da década de 1980.

Nele, 1.290 indivíduos de 11 cidades estadunidenses foram acompanhados ao longo de dois anos. Nesse período, 52% relataram episódios de disfunção erétil. Desse universo, 10% apresentavam um grau grave do problema. Além disso, todos os números mostravam uma progressão da disseminação do quadro com o avanço da idade.

No Brasil, estudo similares chegaram a resultados parecidos. Na amostra de 2.835 homens mapeados pelo Estudo do Comportamento Sexual do Brasileiro, 46% apresentaram uma queixa em relação a dificuldades de ereção. Outro estudo realizado também no Brasil acompanhou 2.862 homens com mais de 40 anos, entre 2002 e 2003, e indicou que 45% deles experimentaram algum grau de disfunção erétil no período.

Ou seja, levando em conta taxas de incidência, que variam entre 40 e 50%, e que aumentam de acordo com idade, é provável que milhões de homens só no Brasil sofram com o problema.

Qual a importância do acompanhamento médico desse quadro?

Embora o contingente de homens que precisam lidar com esse problema seja tão grande, isso não significa que todos procurem ou tenham acesso ao acompanhamento adequado. Assim como outros problemas que afetam a saúde masculina, boa parte disso se dá pelo estigma e pelo preconceito em torno da disfunção erétil.

Contudo, com uma assistência, que em muitos casos, deve ser multidisciplinar, é possível reverter o quadro. Isso passa primeiro por identificar os fatores que estão dificultando a satisfação sexual e avaliar a dimensão da disfunção.

Em seguida, o médico responsável pelo acompanhamento poderá orientar a respeito da melhor conduta em relação ao tratamento, dentro das opções disponíveis. Tudo isso, claro, passa por superar o receio de pedir ajuda.

Quais os métodos disponíveis para tratar a disfunção erétil?

Com tudo isso mente, vale conhecer um pouco sobre as opções de tratamento disponíveis. Em um primeiro momento, as intervenções não farmacológicas são a principal indicação.

Além disso, quando houver comorbidades associadas ao problema, elas devem ser controladas conforme orientação médica. Por fim, as opções farmacológicas podem ser introduzidas.

Não farmacológicos

Entre as opções de tratamento não farmacológico mais adotadas para a reversão dos episódios de disfunção erétil estão mudança de hábitos, apoio psicológico, terapias mecânicas e próteses.

1. Mudanças de hábitos

Essa conduta envolve a adoção de uma série de comportamentos que favorecem a saúde como um todo e beneficiam o desempenho sexual. Entre elas, estão a prática regular de exercícios físicos, a perda de peso, o controle da exposição a situações estressantes e a interrupção de hábitos com o tabagismo e o uso exagerado de álcool.

2. Psicoterapia ou terapia sexual

A psicoterapia para controle da disfunção erétil pode ser ampla, englobando não só quem sofre com a condição, como também, o parceiro. Com isso, será possível mapear e intervir sobre questões que possam provocar ansiedade em relação ao desempenho sexual, bem como delimitar eventuais distúrbios psicológicos associados ao problema. Essa opção de tratamento é útil quando são excluídas razões biológicas para o quadro.

3. Terapias mecânicas

As terapias mecânicas utilizam instrumentos para auxiliar na obtenção e na manutenção da ereção. Entre os mais comuns estão os anéis de constrição que, colocados na base do pênis após a ereção, impedem que o sangue reflua e interrompa o ato sexual. Nos quadros mais graves, uma bomba de vácuo pode auxiliar o sangue a alcançar o pênis.

4. Prótese peniana

Em quadros em que as outras opções não surtem efeito, a utilização de uma próstese costuma ser a indicação. Introduzidas por meio de um procedimento cirúrgico, elas servem como um “esqueleto” para o pênis, permitindo que ele fique e se mantenha ereto durante uma relação sexual.

Farmacológicos

Embora sejam cada vez mais acessíveis, as intervenções farmacológicas são uma opção apenas para as situações em que as opções não farmacológicas não derem o resultado esperado, ou quando uma causa orgânica tratável pela medicação for identificada. Em todo caso, elas devem ser sempre prescritas e usadas conforme indicação médica.

5. Medicamentos orais

Os inibidores de fosfodiesterase são as indicações para uso oral mais adotadas para tratamento da disfunção erétil. Essa classe de medicação facilita o fluxo sanguíneo em direção ao pênis e apresenta bom índice de sucesso. Pacientes com problemas cardiovasculares devem ter o uso acompanhado de perto pelo médico que, em alguns casos, pode contraindicar o fármaco.

6. Injeção peniana

As injeções penianas são utilizadas para inserir no órgão sexual doses de medicamentos que auxiliam na dilatação dos vasos sanguíneos da região do pênis. São indicadas para casos de disfunção causada por lesão na medula ou na inervação, ou ainda, para homens que sofram com falta de libido.

Qual a importância do cuidado com a saúde mental?

Quando causas fisiológicas não são identificadas, é provável que a disfunção erétil seja consequência de questões psicológicas, que impedem a satisfação sexual do indivíduo. Logo, associada ou não a outros tratamentos, a saúde mental não deve ser desconsiderada na reversão do problema.

É natural que sentimentos, emoções e sensações tenham papel essencial na busca do prazer sexual, e ignorar isso pode afetar o desempenho nesse momento. Por isso, um profissional capaz de ajudar o paciente a identificar os gatilhos que provocam esse bloqueio é um grande aliado, não só para o tratamento da disfunção erétil, como para outros problemas de ordem sexual e emocional.

A disfunção erétil não deve ser vista como um problema que cause vergonha ou reflita uma masculinidade fragilizada. Pelo contrário: além de ajudar com a situação, procurar apoio especializado é um sinônimo de autocuidado e consideração ao que mais importa: o próprio bem-estar em todas as dimensões da vida.

Por falar em saúde sexual, confira 20 perguntas sobre o HPV, vírus que pode ser transmitido em relações sexuais.

Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).



Fonte

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