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Fobia social: uma doença mental crônica comum e subdiagnosticada | Vida Saudável

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4 minutos para ler

O Transtorno de Ansiedade Social (TAS), também conhecido como fobia social, é uma doença mental crônica em que as interações sociais causam ansiedade irracional. Geralmente, começa a se manifestar na adolescência e é um transtorno psiquiátrico comum. Indivíduos com fobia social enfrentam sérias limitações em suas atividades e experimentam diversos prejuízos pessoais.

Infelizmente, a maioria dos portadores de transtorno de ansiedade social não recebe um diagnóstico adequado. Essa doença tem um impacto significativo na vida profissional e pessoal.

Preocupação excessiva

Muitas pessoas ocasionalmente se preocupam com situações sociais, mas alguém com ansiedade social se sente excessivamente preocupado antes, durante e depois delas. O desconforto é tão intenso que a pessoa com fobia social passa a evitar sair de casa ou se expor a novas situações. As situações em que a pessoa pode ser observada são vivenciadas como problemáticas e passam a ser evitadas.

Apenas de 4% a 5,6% dos pacientes com TAS são corretamente identificados, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria. Pessoas com ansiedade social frequentemente apresentam outros problemas de saúde mental, como depressão, transtorno de ansiedade generalizada ou transtorno do pânico.

Quais os sintomas de fobia social?

Os sintomas incluem medo excessivo de situações em que a pessoa possa ser julgada, preocupação com constrangimento ou humilhação, ou receio de estar ofendendo alguém. O desconforto causado pela fobia social também pode gerar sintomas físicos, como rubor, tremores, taquicardia, sudorese e tensão muscular, entre outros.

Como saber se eu ou alguém próximo tem fobia social?

O diagnóstico é realizado por um médico psiquiatra, que se baseia em critérios estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5):

  • Medo acentuado e persistente de situações sociais ou de desempenho.
  • A exposição à situação social temida provoca ansiedade.
  • A pessoa reconhece que o medo é excessivo ou irracional.
  • Essas situações sociais e de desempenho temidas são evitadas ou suportadas com intensa ansiedade ou sofrimento.
  • Os sintomas causam sofrimento significativo ou prejuízo no desempenho social/ocupacional.

Para pessoas com menos de 18 anos, a duração dos sintomas deve ser de, no mínimo, seis meses para confirmar o diagnóstico.

A fobia social tem cura?

Para algumas pessoas, a fobia social melhora à medida que envelhecem. No entanto, para muitas outras, ela não desaparece por conta própria e requer tratamento.

Atenção!

Se você estiver tendo sintomas, é importante procurar ajuda. Existem tratamentos que podem ajudá-lo.

Como é o tratamento para fobia social?

A psicoterapia e os medicamentos receitados pelo médico podem ser eficazes.

A terapia cognitivo-comportamental e o uso de realidade virtual têm auxiliado no preparo do fóbico social para enfrentar as interações em situações que ele teme.

O que fazer para viver melhor?

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido compilou algumas sugestões para ajudar pessoas com fobias sociais a viverem melhor:

  1. Tente entender mais sobre sua ansiedade, anotando seus pensamentos e comportamentos em situações sociais. Manter um diário pode ser útil.
  2. Experimente técnicas de relaxamento, como exercícios de respiração para lidar com o estresse. São simples e eficazes.
  3. Divida situações desafiadoras em partes menores e trabalhe para se sentir mais relaxado em cada uma delas.
  4. Concentre-se no que as pessoas estão dizendo, em vez de se avaliar constantemente ou tentar adivinhar o que elas podem estar pensando sobre você.

Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.



Fonte

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