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confira 5 causas para o desconforto nas mamas

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A dor nas mamas, chamada de mastalgia, nem sempre significa alguma doença. Mulheres em qualquer idade podem sofrer esse desconforto. Porém, devido à localização, essa dor sempre vem acompanhada de medo e preocupação por se temer alguma relação com o câncer de mama.

A maioria dos casos de dor nas mamas não tem nenhuma ligação com tumores. Mas, se a dor for recorrente, é recomendado um acompanhamento médico. Nesta matéria, confira alguns esclarecimentos sobre esse desconforto! Existem quatro tipos de dor nas mamas: 

1. Cíclica leve

Costuma anteceder o período menstrual e também ocorre no início da puberdade. Associa-se ao inchaço das mamas devido à retenção de líquido pelo organismo. Habitualmente inofensiva, pode causar um leve desconforto, mas em geral sem atrapalhar as atividades diárias da paciente.

2. Cíclica moderada e severa

Esse desconforto tem uma duração superior a sete dias. Sua intensidade é maior e pode interferir na qualidade de vida e nas atividades habituais da paciente.

3. Acíclica

Esse tipo de dor tem essa denominação porque o desconforto pode ser contínuo ou ocasional, inclusive, sem ter nenhuma relação com o ciclo menstrual.

4. Não mamária

Neste caso, a dor é localizada em um ponto da mama, geralmente bilateral, podendo irradiar para as axilas. As principais causas das dores não mamárias são as de origem musculoesqueléticas, relacionam-se à prática de exercícios, uso de sutiãs inadequados e traumas locais (como pancadas), mas também podem ter origem em doenças cardíacas ou pulmonares.

Somente de 0,8% a 2% dos episódios de dor nas mamas estão associados ao câncer de mama, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). No entanto, a presença de nódulos, mama avermelhada e com sensação aquecida exigem uma avaliação médica e, muitas vezes, exames complementares para confirmar ou descartar o diagnóstico. 

O uso de alguns medicamentos também pode causar dor nas mamas. Entre os fármacos estão o anticoncepcional oral, ciclosporina e metildopa. No caso do contraceptivo, é importante decidir com o ginecologista se a pílula pode ser substituída por outra.      

Ao procurar um médico, é importante relatar se a dor nas mamas surge ao mesmo tempo que outro sintoma, como problemas com a respiração ou febre, ou ainda se passou por algum trauma mamário ou na região do tórax. 

Para o diagnóstico, a avaliação clínica com história e exame físico são suficientes em grande parte dos casos. No entanto, para alguns pacientes o médico pode solicitar exames de imagem na suspeita da presença de lesão associada. Nos casos de suspeita de causas extramamárias os exames irão variar a depender da causa.

5. Dor nas mamas tem tratamento?

Algumas medidas simples ajudam a aliviar a dor nas mamas. O uso de um sutiã esportivo e a prática de atividade física costumam ser recomendados. Alguns medicamentos – analgésicos e anti-inflamatórios em gel — ajudam no alívio da dor.


Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.



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