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Amamentação: 5 pontos importantes para um aleitamento descomplicado | Vida Saudável

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A amamentação é considerada a primeira e mais completa fonte de nutrição para o desenvolvimento saudável de um bebê. De acordo com o Ministério da Saúde, é recomendado que até os 6 meses de vida a criança receba exclusivamente leite materno; não se deve oferecer água, chás e outros tipos de leite, muito menos produtos sólidos.

Rico em anticorpos, vitaminas e nutrientes essenciais, o leite materno contribui para fortalecer o sistema imunológico do bebê. Amamentar oferece benefícios também para a mãe: reduz, por exemplo, o risco de desenvolver doenças como diabetes tipo 2, colesterol alto, hipertensão e alguns tipos de câncer (mama, ovário e endométrio).

Para muitas mulheres, porém, amamentar pode ser um verdadeiro desafio, sobretudo nas primeiras semanas pós-parto. É possível que isso aconteça em razão de múltiplos fatores — de preocupações psicológicas a desconfortos físicos. 

Vídeo: Manual para amamentação descomplicada

Pensando nisso, reunimos cinco dicas para ajudar novas mães a transformarem essa fase em uma experiência mais tranquila, saudável e gratificante:

1. Pega e posicionamento corretos 

Um dos primeiros passos para garantir uma boa amamentação é a pega e o posicionamento da criança. É importante que o bebê esteja com a boca bem aberta e agarre uma grande parte da aréola, não apenas o mamilo. 

Ele deve estar com o queixo encostado no seio e o nariz livre, além de ter a barriga e o tronco voltados para a mãe. Esse alinhamento ajuda a evitar desconfortos e possíveis rachaduras nos mamilos, além de tornar o aleitamento mais confortável e eficiente.

2. Atenção aos sinais do bebê

Durante a amamentação, é fundamental observar alguns sinais para verificar se o bebê está mamando de forma eficaz. Sucções vigorosas, frequência de urina e fezes nas fraldas, corpo relaxado após a mamada e paredes internas da boca hidratadas são indicativos de que ele está se alimentando bem, 

Em caso de sonolência excessiva durante a alimentação, estímulos leves podem ajudar o bebê a permanecer acordado e aproveitar melhor o momento. Isso envolve falar com a criança e realizar movimentos circulares sobre o seu corpo, nas mãos, nos pés e até na cabeça.

3. Manter a frequência das mamadas 

A produção de leite se ajusta à demanda do bebê e é comum que ele mame de oito a 12 vezes por dia nos primeiros meses. No início, não há horário para mamar, e o leite deve ser oferecido sempre que ele chorar pedindo. 

Com o tempo, o bebê consegue se adaptar aos horários de mamada. A frequência tende a diminuir naturalmente, com mamadas mais espaçadas, conforme a criança cresce.

Lembre-se de que o estímulo regular das mamadas ajuda a manter a produção adequada às necessidades do bebê. Ou seja, quanto mais ele mama, mais leite é produzido, o que garante uma oferta constante e suficiente.

4. Alimentação e hidratação de quem amamenta

A qualidade da alimentação e a hidratação de quem amamenta têm impacto direto na composição do leite. Para manter o corpo nutrido, é recomendável que a lactante tome cerca de 3,8 litros de líquidos por dia e evite períodos prolongados de jejum ou dietas restritivas.

O consumo moderado de café é permitido, mas o cuidado com a ingestão de outras substâncias é essencial. O álcool, em qualquer quantidade, deve ser evitado, pois seus componentes passam para o leite e podem prejudicar o desenvolvimento infantil.

5. A importância do apoio e da informação

A experiência de amamentar nem sempre é fácil, especialmente para as mães de primeira viagem. Contar com informações adequadas e apoio especializado e profissional pode fazer toda a diferença. 

Cada bebê e mãe são únicos, portanto, o que funciona para um, pode não ser ideal para outro. Em caso de qualquer dúvida, não hesite em contatar sua equipe médica. 


Revisão técnica: Erica Maria Zeni (CRM 140.238/ RQE 75645), médica da Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo . Possui graduação e residência em Clínica Médica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e residência em Medicina Interna pela Universidade de São Paulo (USP). Também possui pós-graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica Medicina Paliativa, em Buenos Aires, Argentina.



Fonte

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