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Coceira, transmissão e tratamento: 5 fatos sobre a sarna | Vida Saudável

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A sarna é causada por um parasita, que gera lesões na pele e provoca coceira intensa. Conheça agora 5 verdades sobre o assunto.

1. Parasita se alimenta da pele humana

A sarna, um nome mais popular para uma doença chamada escabiose, é causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei variedade hominis. Esse parasita se alimenta e reproduz na pele humana.

2. Contato com roupa contaminada transmite a doença

As formas de contágio da sarna incluem o contato direto de pessoa para pessoa ou o contato da pessoa com roupas ou objetos contaminados. No entanto, não se pega sarna com um simples toque; o contato precisa ser prolongado para que ocorra a contaminação.

A fêmea do Sarcoptes scabiei penetra na pele, criando uma espécie de túnel ao longo de 30 dias. Esse processo provoca lesões na forma de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos avermelhados, onde ela deposita os ovos, que eclodem posteriormente dando origem às larvas.

3. Gato e cachorro não transmitem sarna

Animais domésticos como gatos e cachorros não transmitem o Sarcoptes scabiei variedade hominis. Nos cães, é mais comum o ácaro Sarcoptes scabiei; enquanto nos gatos, pode ocorrer a sarna notoédrica causada pelo Notoedris cati.

4. Coceira é mais intensa durante a noite

A coceira, o principal sintoma, ocorre devido à ação direta da movimentação do ácaro no interior da pele e à hipersensibilidade que o paciente pode desenvolver. Essa coceira é mais percebida durante a noite, pois é nesse período que os ácaros depositam seus ovos na pele.

As lesões da sarna, que se apresentam como pequenos pontos ou bolinhas avermelhadas com relevo, medem de 1 a 3 milímetros e geralmente aparecem entre os dedos das mãos, nas axilas, na parte do punho que segue a palma da mão e em áreas íntimas. Devido à coceira intensa, escoriações na pele tornam-se frequentes.

5. A pessoa contaminada pode transmitir a doença mesmo sem sintomas

Se uma pessoa nunca teve sarna, os sintomas podem levar de quatro a oito semanas para se manifestarem. No entanto, uma pessoa infectada pode transmitir a sarna durante esse período, mesmo sem apresentar nenhum sinal.

Quando não é a primeira vez que a pessoa é infectada, os sintomas surgem mais cedo, em até quatro dias após a exposição.

Como é o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico é realizado de forma clínica, ou seja, o médico examina a pele em busca das lesões características.

O tratamento da sarna é realizado com medicamentos tópicos, que devem ser aplicados na pele, pelos e cabelo, ou com medicamentos via oral. A escolha do tratamento depende do grau da doença e das condições de saúde do paciente afetado pela sarna.

Qual a prevenção para a doença?

Todas as pessoas que tiveram contato direto com um indivíduo infectado pela sarna precisam passar por exames. Uma vez confirmados novos casos, todos devem receber tratamento para interromper o ciclo de transmissão dessa parasitose. Asilos e presídios são locais comuns de infestação de sarna e requerem cuidados reforçados.


Revisão técnica: Sabrina Bernardez Pereira, médica da Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), mestrado e doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense.



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