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Como a exposição de bebês à sujeira pode fortalecer a imunidade deles | Vida Saudável

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Os primeiros anos de vida são considerados uma janela imunológica crítica. Durante esse período, o sistema imune do bebê, que já apresenta uma estrutura quase completa, passa por um processo de maturação, no qual aprende a distinguir agentes inofensivos (como pólen, alimentos e células do próprio corpo) de ameaças, tais quais vírus e bactérias invasoras.

Esse movimento natural depende do incentivo a um princípio fundamental da imunologia: a exposição precoce e equilibrada aos agentes externos, ou “vitamina S”, como ficou conhecida. Tal expressão faz referência à palavra “sujeira” e brinca com a ideia de ser um fator tão importante para o desenvolvimento infantil quanto as vitaminas e os nutrientes.

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Por mais que não seja exatamente um conceito científico, a ideia da “vitamina S” representa uma preocupação crescente em relação à necessidade de contato dos jovens com o mundo real. 

Crescer em ambientes excessivamente estéreis pode aumentar a suscetibilidade a doenças autoimunes, alergias e dificuldades de adaptação quando em contato com microrganismos desconhecidos. Por outro lado, a exposição excessiva à sujeira também pode ser um problema. Assim, o equilíbrio no contato com os microrganismos do ambiente é a chave para o fortalecimento do sistema imunológico. 

Mas como conduzir esse processo de maneira saudável? Conheça seis dicas.

1. Evite certos objetos e superfícies

Certos objetos e superfícies podem ser fontes de micro-organismos indesejados, especialmente nos primeiros meses de vida. Por isso, recomenda-se evitar o contato direto e prolongado de recém-nascidos com:

  • Tapetes;
  • Carpetes;
  • Cortinas pesadas;
  • Pelúcias;
  • Camas muito baixas, próximas ao chão.

2. Mantenha um convívio cuidadoso com animais

O contato com pets pode ser muito benéfico aos bebês, já que favorece a diversidade microbiana. No entanto, é fundamental garantir que esses animais de estimação estejam saudáveis, limpos e com a vermifugação em dia.

3. Não apresse o processo

Até os 2 anos de idade, o ideal é que o bebê seja exposto apenas a ambientes mais controlados e com menor carga microbiana. Isso inclui evitar locais com alta circulação de pessoas – como hospitais ou grandes aglomerações – e limitar o contato com indivíduos com sintomas de doenças respiratórias.

Passado esse período, o sistema imune já está mais maduro e preparado para desafios maiores, como a entrada na escola, onde o contato com uma variedade maior de micro-organismos pode ser melhor assimilado.

4. Prepare o organismo

Viroses são normais e naturais na infância. Mais importante do que evitá-las, é garantir que o organismo como um todo esteja preparado para lidar com essas infecções. As respostas do sistema imunológico são fortalecidas por meio da adoção de hábitos saudáveis, os quais incluem:

  • Oferecer uma alimentação balanceada à criança;
  • Garantir que ela beba água adequadamente;
  • Estimular a prática de atividades físicas;
  • Promover acesso ao ar livre;
  • Restringir o tempo de telas.

5. Confie na vacinação

A vacinação é a forma mais segura e controlada de se expor a agentes infecciosos. O Sistema Único de Saúde (SUS) faz campanhas de imunização anuais voltadas para combater diversos tipos de doenças evitáveis, que ajudam a preparar o sistema imunológico sem os riscos das infecções naturais. 

O calendário vacinal do Ministério da Saúde prevê aplicações já após o nascimento, com doses das vacinas antituberculose (BCG) e hepatite B, até a adolescência. O programa é tão eficiente que é considerado uma referência mundial no assunto. 

6. Zele pela saúde dos adultos

Antes mesmo de pensar sobre a saúde das crianças, é preciso que pais e responsáveis tenham atenção ao próprio bem-estar. Por isso, lembre-se de:

  • Lavar as mãos com frequência, especialmente ao chegar da rua; 
  • Usar máscara em caso de sintomas respiratórios; 
  • Ventilar bem os ambientes da casa; 
  • Higienizar as vias nasais das crianças com soro fisiológico regularmente; 
  • Manter limpos objetos de uso frequente, como brinquedos, chupetas e outros utensílios.



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