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confira 12 sinais de evolução silenciosa

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A evolução inicial da hepatite autoimune costuma ser silenciosa, sem nenhum sintoma percebido pelo paciente.  

Os primeiros desconfortos, quando a inflamação crônica do fígado está se tornando mais relevante, têm poucas especificidades, pois também se manifestam em diversas outras doenças. Veja abaixo:  

  1. Cansaço acima do normal e recorrente;  
  1. Sensação generalizada de mal-estar;  
  1. Dores musculares e nas juntas, geralmente mais intensas pela manhã;  
  1. Redução ou perda de apetite;  
  1. Perda de peso;  
  1. Náuseas;  
  1. Coceira (prurido);  
  1. Irritações na pele;  
  1. Alterações gastrointestinais, como diarreia;  
  1. Alterações no ciclo menstrual;  
  1. Inchaço e dores abdominais.  

Hepatite autoimune em estágio avançado

Quando a hepatite autoimune evolui para estágios mais avançados, o paciente pode apresentar sintomas mais graves. São eles:  

  • Acúmulo de líquido nas pernas, pés e tornozelos;  
  • Acúmulo de líquido na região abdominal (ascite);  
  • Alteração do estado mental, com sinais de confusão;  
  • Icterícia nos olhos e na pele;  
  • Contusões;  
  • Alteração dos vasos sanguíneos na pele;  
  • Coloração escura da urina;  
  • Fezes flutuantes claras e/ou gordurosas. 

O ciclo inicial assintomático, seguido por sintomas inespecíficos, torna o diagnóstico desafiador. Contudo, entre 30% e 50% dos pacientes apresentam outras doenças autoimunes, como tireoidite, artrite reumatoide, diabetes tipo 1 e colite ulcerosa. Esse histórico é importante para a investigação médica, que também poderá incluir exames de sangue e biópsia do fígado.  

Há casos em que a suspeita pode surgir em exames de rotina, pois mesmo nos estágios iniciais a doença apresenta alterações de enzimas hepáticas, detectáveis em exames de sangue. Embora menos comum, a hepatite autoimune também apresenta evolução rápida, provocando insuficiência hepática aguda, que requer transplante de fígado.  

Doença rara e atinge mais mulheres

A hepatite autoimune é uma doença rara, que acomete entre 10 e 17 pessoas a cada 100.000 habitantes, sendo três a quatro vezes mais frequente em mulheres. Pode surgir em qualquer idade, mas costuma ser mais comumente diagnosticada por volta dos 45 anos.   

A enfermidade consiste na inflamação do fígado causada pelo sistema imunológico do paciente, que ataca as células hepáticas e provoca danos ao órgão. Diferente das hepatites virais, a hepatite autoimune não é contagiosa. Existe tratamento para controle da inflamação, com medicamentos imunossupressores. Eles reduzem a resposta imunológica do organismo e, assim, os ataques ao fígado.    


Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, Médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico e preceptor da Residência Médica de Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein. 



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