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conheça 9 mitos e verdades sobre a condição

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Gravidez psicológica é o nome dado a um estado de pseudociese em que mulheres relatam ter os mesmos sintomas de uma gestação real. Nesta matéria, confira 9 mitos e verdades sobre este quadro!  

1. Mulher com gravidez psicológica está enganando outras pessoas

Mito. Ter uma gravidez psicológica não é o mesmo que alegar estar grávida para receber um benefício (lucrar financeiramente, por exemplo) ou ter delírios de gravidez (como acontece com algumas pacientes com esquizofrenia). Clinicamente denominada de pseudociese, a gravidez psicológica é uma condição que faz com que uma mulher acredite estar esperando um filho. Ela tem muitos sintomas de uma gestação, a ponto de não só convencer a si mesma, mas também quem está ao seu redor.  

2. Os sinais da gravidez psicológica são iguais aos de uma gestação normal

Verdade. Mulheres com pseudociese apresentam muitos dos sintomas das grávidas, incluindo barriga inchada; mamas aumentadas e sensíveis; alterações nos mamilos; náusea, enjoo matinal e vômito; sensação de movimentos fetais; ganho de peso; umbigo invertido; aumento do apetite; alargamento do útero; amolecimento do colo do útero; e até falso trabalho de parto.   

3. Para determinar se uma mulher está passando por uma gravidez falsa, não é preciso fazer exames

Mito. O médico avalia os sintomas e, para confirmar a gestação, realiza exames clínicos e ultrassonografia – os mesmos que são feitos em mulheres grávidas. 

4. A barriga de uma mulher com gravidez psicológica também se distende

Verdade. Fisicamente, esse é o sintoma mais comum da pseudociese. A barriga pode começar a se expandir da mesma forma que durante a gravidez. Entre metade e três quartos das mulheres com pseudociese relatam sentir o bebê se mexer.   

5. Durante a gravidez psicológica a mulher continua a menstruar 

Mito. A irregularidade no ciclo menstrual é o segundo sintoma físico mais comum.   

6. Existe tratamento para gravidez psicológica

Verdade. Mostrar à mulher que ela realmente não está grávida por meio de exames de imagem, como uma ultrassonografia, é o primeiro passo para lidar com a paciente. Acredita-se que a gravidez psicológica não tenha causas físicas.  

Portanto, não há recomendações no sentido de tratá-la com medicamentos. Em casos de irregularidade menstrual podem ser prescritos remédios para corrigir isso. As questões emocionais também devem ser levadas em conta, já que a instabilidade psicológica aumenta os riscos de pseudociese. Mulheres que fazem parte desse grupo são encaminhadas para acompanhamento psiquiátrico.  

7. Especialistas não sabem o que causa a gravidez psicológica

Parcialmente verdade. Embora as causas exatas ainda não sejam conhecidas, suspeita-se que fatores psicológicos possam desencadear a pseudociese. Por exemplo: quando a mulher sente um desejo intenso de engravidar (devido à infertilidade, abortos repetidos, menopausa iminente ou vontade de se casar), o cérebro pode desencadear a liberação de hormônios como estrogênio e prolactina que levam a sintomas de uma gestação.   

8. Gravidez psicológica é uma condição da mulher moderna

Mito. Hipócrates é creditado pelo primeiro relato, em 300 a.C. Já Mary Tudor, rainha da Inglaterra (1516-1558), é um exemplo famoso, pois passou por dois episódios de gravidez psicológica.   

9. Só mulheres em idade fértil e que nunca engravidaram sofrem do problema

Mito. A idade média de uma mulher com gravidez fantasma é de 33 anos. Porém, há casos relatados em crianças e em mulheres mais velhas. Aproximadamente um terço das mulheres com pseudociese já engravidou ao menos uma vez, e mais de dois terços são casadas. Algumas culturas vinculam o valor de uma mulher à sua capacidade de conceber — e o número de casos de pseudociese é mais alto entre essas populações.   


Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, Médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico e preceptor da Residência Médica de Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.  



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