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Doença pulmonar intersticial causa inflamação e compromete a respiração


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A doença pulmonar intersticial é uma condição rara que representa um grupo de cerca de 200 enfermidades que causam diversas inflamações e cicatrizes irreversíveis nos pulmões — popularmente chamadas de fibroses — comprometendo a capacidade respiratória. Inclusive, essa condição acomete tanto adultos quanto crianças.

Os principais sintomas são tosse seca, fadiga, desconforto no peito e falta de ar, que piora com algum esforço ou atividade física. Ocasionalmente, o paciente pode perder peso. Quando os sintomas aparecem, a doença já danificou os pulmões.

Entre as principais causas da doença pulmonar intersticial, estão radioterapia, uso de alguns medicamentos, fatores genéticos, inalação de substâncias nocivas por exposição, como amianto, sílica e até mesmo mofo, fungos ou fezes de pássaros. Além disso, doenças como artrite reumatoide e lúpus também estão relacionadas à doença pulmonar intersticial.

O hábito de fumar não só pode causar tal enfermidade como também agravar a condição. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabagismo é uma doença crônica e causa outras enfermidades, como câncer.

Quais são os sinais da doença pulmonar intersticial?

Você pode estar se perguntando… afinal, o que acontece com os pacientes acometidos pela doença pulmonar intersticial? Essa condição afeta principalmente a área dos pulmões que é responsável por permitir que o oxigênio entre no sangue e seja distribuído para os tecidos. Quando essa região é danificada por cicatrizes, a respiração é comprometida, levando o paciente a apresentar tosse crônica e sentir cansaço frequentemente.

À medida que a doença progride, os sintomas tornam-se mais intensos e as complicações mais severas, como infecções pulmonares e insuficiência respiratória.

Diagnóstico

Para realizar o diagnóstico da doença pulmonar intersticial e identificar o seu tipo, é necessário realizar uma avaliação física, exames de imagem (raio-x e tomografia computadorizada) e um teste de função pulmonar. Sons incomuns nos pulmões durante o exame físico podem indicar que eles não estão funcionando corretamente.

Tratamento

Não há cura para a doença pulmonar intersticial. Os tratamentos focam na melhora dos sintomas, podendo incluir fisioterapia, oxigênio suplementar e medicamentos para reduzir a inflamação ou retardar a progressão da enfermidade.

Entre os medicamentos normalmente utilizados estão os corticosteroides, que ajudam na redução da inflamação, e os remédios antifibróticos e citotóxicos, que têm o objetivo de retardar a cicatrização pulmonar. Em casos muito graves, os pacientes podem necessitar de um transplante de pulmão.

Quando não tratada, a doença pulmonar intersticial pode acarretar outras complicações, como hipertensão arterial e insuficiências cardíaca e respiratória.

Revisão técnica: Erica M. Zeni, médica da Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein. Possui graduação e residência em Clínica Médica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e residência em Medicina Interna pela Universidade de São Paulo (USP). Também possui pós-graduação em Cuidados Paliativos pelo Instituto Pallium Latinoamérica Medicina Paliativa, em Buenos Aires, Argentina.



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