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Gengivite | Causas e Cuidados | Vida Saudável

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A gengivite é a inflamação das gengivas e faz parte do grupo das doenças periodontais. Em estágios avançados, pode desencadear a perda dos dentes e, quando não é tratada, pode levar a doenças cardiovasculares.

A gengivite é um problema frequente?

Sim. De acordo com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo sofrem de algum tipo de doença bucal, com as doenças periodontais (inflamações dos tecidos que sustentam os dentes) representando uma parcela significativa desse total.

As doenças bucais são consideradas um grande desafio para a saúde pública em muitos países. No Brasil, de acordo com o último Levantamento de Saúde Bucal realizado em 2010 pelo Ministério da Saúde, as doenças periodontais foram a principal causa da perda de dentes em adultos.

O que causa a gengivite?

A gengivite é causada pela placa bacteriana, que é um biofilme transparente formado por bactérias e resíduos alimentares que fica na superfície dos dentes e se deposita no sulco gengival (o ponto de inserção entre a gengiva e os dentes). Se a placa não é removida com higienização adequada, ela evolui para o tártaro, estágio em que a placa se calcifica e ganha um tom amarelado pelo contato com os minerais presentes na saliva e com bebidas e alimentos.

Quais são os fatores de risco?

Além da higiene oral inadequada, existem outros fatores desencadeantes da gengivite, incluindo hereditariedade, tabagismo, diabetes, estresse, deficiências imunológicas, como as causadas pelo vírus da Aids, mudanças hormonais durante a gravidez ou devido ao uso de contraceptivos orais, restaurações com infiltração e oclusão inadequada.

Como saber se você tem gengivite?

No estágio inicial, as gengivas ficam inchadas, vermelhas e sensíveis, com sinais visíveis no sulco gengival. Também pode haver sangramento durante a escovação e o uso de fio dental, além de sintomas como retração gengival, em que a gengiva se desloca em direção à raiz dos dentes, presença de pus e secreção entre os dentes e a gengiva, aftas, mobilidade nos dentes e mau hálito persistente. 

Como deve ser a higiene da boca para evitar a formação de tártaro?

O trio de escova de dentes, fio dental e enxaguatório bucal é o seu arsenal caseiro para prevenir o tártaro e deve ser usado após cada refeição. É altamente recomendável começar com o uso do fio dental antes da escovação, passando-o não apenas entre os dentes, mas também no sulco gengival.

Ao mover-se de um dente para outro, deslize o fio dental de modo a usar uma parte que não esteja contaminada pelos resíduos removidos do dente anterior. A escovação deve ser realizada com movimentos suaves, utilizando uma escova de cerdas macias. Certifique-se de passar a escova em todas as superfícies dos dentes (interna, externa e nas pontas), no espaço entre eles e no sulco gengival.

Em seguida, utilize o enxaguatório bucal para eliminar as bactérias que contribuem para a formação do tártaro. Além disso, é fundamental realizar visitas regulares ao dentista, pois apenas a limpeza profissional pode remover o tártaro que não é eliminado durante a higiene bucal em casa.

Quanto tempo leva para curar a gengivite?

O ponto de partida do tratamento é a orientação do dentista sobre como deve ser realizada a higiene bucal. Além disso, o dentista faz a remoção do tártaro no consultório e, em alguns casos, pode recomendar o uso de medicamentos anti-inflamatórios por via oral. Com a inflamação tratada, a gengiva normalmente se recupera em poucos dias.

O que acontece quando a gengivite não é tratada?

Em estágios mais avançados, a doença progride para uma periodontite, que é uma forma de doença gengival que pode deixar as gengivas com uma coloração mais escura, levar à perda dos dentes e causar um mau hálito intenso.

É importante destacar que a periodontite está relacionada à endocardite bacteriana, uma vez que as bactérias responsáveis pelo problema podem migrar pela corrente sanguínea e se alojar nas válvulas cardíacas, comprometendo o funcionamento adequado do coração.


Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em clínica médica, medicina interna, cardiologia e ecocardiografia. É cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.



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