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Hipocondria: quais são os sinais de alerta da obsessão com a saúde? | Vida Saudável


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Hipocondria é um transtorno psíquico que, geralmente, se desenvolve no início da idade adulta e pode se acentuar com o passar dos anos. Como reflexo da condição a pessoa se torna obcecada pela própria saúde e sente um medo intenso e prolongado de ter uma doença grave, mesmo quando não existem sintomas. 

Além disso, sinais que passariam despercebidos, como aceleração dos batimentos cardíacos, levam à crença de que podem ser indício de algo mais sério. Por isso, é comum que hipocondríacos recorram à automedicação e que consultem e mudem de médico com frequência.   

Hipocondria é um problema crônico? 

Sim. Pode durar anos ou até mesmo a vida inteira. O transtorno traz grandes prejuízos para a qualidade de vida. Hipocondríacos costumam ser monotemáticos em suas conversas e passam horas na internet, pesquisando sobre doenças.   

Em casos mais graves, preferem se privar de contato social com receio de adoecer, o que prejudica o relacionamento com família, amigos e no trabalho. A vida financeira também pode ser impactada por causa das inúmeras despesas com a saúde. 

Quais são as causas?

Elas não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que alguns fatores podem estar envolvidos no aparecimento do transtorno:  

  • falta de conhecimento sobre o próprio corpo a ponto de a pessoa ficar exageradamente apreensiva quando percebe alguma sensação diferente;  
  • vir de uma família de hipocondríacos;  
  • ter sofrido alguma doença grave na infância, o que pode levar à preocupação excessiva com a saúde;  
  • ter depressão, transtorno de ansiedade ou de personalidade.  

  Como é feito o diagnóstico?

Geralmente, a própria pessoa percebe que há algum problema. A hipocondria pode provocar dores motivadas por fatores psicológicos; ataques de ansiedade ou de pânico, além de comportamento compulsivo, palpitações, formigamento e pensamentos recorrentes.  

Hipocondria tem tratamento?

Sim, geralmente ele é feito com ansiolíticos e antidepressivos. O paciente também é encaminhado para sessões de terapia cognitivo-comportamental. Essa técnica ajuda a pessoa a identificar os gatilhos e a mudar sua reação a eles. 

Como prevenir o problema?

Pouco se sabe como fazer isso, mas algumas medidas podem ajudar: 

  • procurar ajuda médica se notar que tem problemas com ansiedade;  
  • reconhecer quando se está sob estresse e como isso afeta o corpo, procurando meios que ajudem a administrá-lo, como meditação ou técnicas de relaxamento;   
  • seguir à risca o plano de tratamento proposto pelo médico, a fim de evitar recaídas ou piora dos sintomas.  

Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos – Especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein.



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