Hipotireoidismo engorda? Saiba mais sobre a condição em 5 perguntas | Vida Saudável
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O hipotireoidismo é uma doença autoimune que tem como principal característica uma deficiência na produção dos hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) pela glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço. A baixa concentração dessas substâncias no corpo leva a uma desregulação do metabolismo basal.
Com esse desequilíbrio, o organismo pode apresentar dificuldades relacionadas ao gasto de calorias para o funcionamento básico de suas funções. E isso pode impactar a disponibilidade de energia para realizar as mais diversas atividades físicas ou mentais.
Vale lembrar que esse problema é diferente do hipertireoidismo, que também afeta a produção dos hormônios tireoidianos. Como o próprio prefixo do nome sugere, enquanto no hipotireoidismo há falta de T3 e T4, no hipertireoidismo ocorre o excesso.
Vídeo: Preciso tratar o hipotireoidismo a vida toda?
A seguir, conheça as respostas para as cinco principais dúvidas sobre esta condição de saúde:
1. Quais as causas do hipotireoidismo?
No geral, os quadros de hipotireoidismo são desencadeados após o desenvolvimento de uma inflamação conhecida como Tireoidite de Hashimoto. Por algum motivo ainda não totalmente conhecido pela ciência, os anticorpos do próprio organismo passam a atacar e matar as células da tireoide. Conforme a glândula é destruída, os hormônios antes ali produzidos têm sua concentração diminuída.
Outras possíveis causas para a doença incluem intervenção cirúrgica de remoção completa ou parcial da tireoide e a deficiência de iodo. Esse mineral é essencial para a produção dos hormônios tireoidianos — até por isso, no Brasil, é obrigatório que todo sal de cozinha seja iodado, para assegurar que a população consuma o composto.
Em alguns casos, a condição ainda pode ser apenas temporária. Isso costuma acontecer em consequência de inflamação no pós-parto, episódio de tireoidite ou depois de inflamações virais.
2. O hipotireoidismo engorda?
A insuficiência de hormônios tireoidianos provoca a desaceleração gradual das funções do organismo. Assim, os sintomas tendem a se manifestar de forma sutil. Entre eles:
- Aumento de peso (fruto da retenção de líquido e metabolismo demorado);
- Inchaço dos membros;
- Cansaço;
- Pele seca;
- Cabelo quebradiço;
- Sensação de frio;
- Quadro depressivo;
- Voz rouca;
- Fala lenta.
3. Como diagnosticar a doença?
O diagnóstico de hipotireoidismo geralmente envolve uma avaliação clínica, seguida da realização de um exame de sangue, com foco no hormônio tireoestimulante (TSH). Essa substância, produzida pela hipófise, quando em maior quantidade no corpo denuncia o nível diminuído de T3 e T4 no organismo (hipotireoidismo); já se sua concentração estiver menor do que o normal, isso pode ser sinal de uma maior taxa de T3 e T4 (hipertireoidismo).
O médico ainda pode solicitar exames de ultrassonografia da tireoide. Essas imagens ajudam a avaliar a estrutura da glândula, identificar nódulos e verificar se há inflamação.
4. O tratamento do hipotireoidismo é para toda a vida?
Como uma condição autoimune, o tratamento do hipotireoidismo precisa ser continuado até o final da vida para manter sua eficácia. Geralmente, os cuidados são simples e baseados na reposição hormonal.
Vale lembrar que o medicamento exige jejum e que algumas substâncias podem interferir no tratamento (como as encontradas em suplementos de ferro e cálcio), por isso é tão importante manter o acompanhamento médico regular.
5. Existe alguma forma de prevenção contra a doença?
Embora ainda não se saiba uma maneira de evitar o hipotireoidismo, manter a saúde da tireoide pode diminuir o risco de desequilíbrios em sua produção de hormônios ou mesmo ajudar no tratamento da doença, caso ela surja. Isso pode ser feito por meio da adoção de um estilo de vida saudável, sobretudo mantendo uma dieta saudável, nutritiva e com fontes de iodo (peixes, laticínios, ovos e algas).
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