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Intoxicação alimentar: o que é e como tratar? | Vida Saudável

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 A intoxicação alimentar é causada pela ingestão de alimentos, água e bebidas contaminados. Náusea, vômito e diarreia são os sintomas mais comuns e, em alguns casos, podem indicar alguma das chamadas doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA). Salmonelose, amebíase, cólera, botulismo e toxoplasmose são alguns exemplos.  

Segundo o Ministério da Saúde, existem mais de 250 tipos de DTHA no mundo. Além disso, estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que uma em cada dez pessoas no planeta fica doente após ingerir alimentos contaminados e 420 mil morrem por ano em decorrência disso. 

Quais podem ser os contaminantes da intoxicação alimentar?

  Estes são alguns dos patógenos por trás dos episódios de intoxicação alimentar:

  • Bactérias: são a causa da maioria dos casos. Alguns exemplos: Salmonella, Shigella, Staphylococcus e E.coli;    
  • Vírus: esse é o segundo grupo de patógenos mais frequente nos episódios de intoxicação por alimentos. Rotavírus, norovírus, astrovírus, sapovírus e o vírus da hepatite A fazem parte dessa lista;   
  • Parasitas: Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Toxoplasma gondii e Ascaris lumbricoides, a popular lombriga, são quatro tipos de parasita que contaminam os alimentos;   
  • Agrotóxicos: certos tipos de herbicidas e de inseticidas usados na lavoura acumulam-se no organismo ao longo dos anos e podem levar a alterações glandulares, infertilidade e a doenças como o câncer. 

Pode ser leve ou exigir pronto atendimento

Cólicas abdominais, náuseas, vômitos, perda de apetite, febre, fraqueza e dor de cabeça são os sintomas mais frequentes da intoxicação alimentar. Na maioria das vezes, eles desaparecem naturalmente em poucos dias — basta repousar, ingerir muito líquido (soro caseiro, inclusive) e fazer uma alimentação leve. 

Mas há casos em que os sintomas são graves e precisam ser atendidos por um médico (às vezes, em um pronto-socorro). Alguns sinais que pedem atenção:  

  • diarreia que dura mais de três dias;  
  • febre alta persistente;  
  •  dificuldade para enxergar ou falar;  
  • sinais de desidratação como sede excessiva, fraqueza, tontura;  
  • dificuldade em manter líquidos no estômago;  
  • presença de sangue na urina.   

 Em quadros mais graves, a internação pode ser necessária, já que é preciso controlar a desidratação e administrar o medicamento específico para o patógeno que levou ao quadro. 

Para evitar problemas

 O calor do cozimento geralmente elimina bactérias, vírus e parasitas presentes em alguns alimentos. Por isso, a ingestão de alimentos crus pede muito cuidado (carnes e ovos, principalmente), assim como beber água de procedência duvidosa.  

Para evitar problemas, é aconselhável saber a origem dos alimentos e da água que são consumidos, assim como certificar-se dos cuidados higiênicos necessários durante o preparo de alimentos, já que a contaminação também pode vir daí.   


Revisão Técnica:  Luiz Antônio Vasconcelos, Especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. 



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