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Roséola: a doença da febre alta | Vida Saudável

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A roséola é causada por duas cepas do herpesvírus humano tipo 6 – Betaherpesvirus 6A e Betaherpesvirus 6B – que têm um período de incubação de cinco a quinze dias.

Também chamada de exantema súbito, a roséola é contagiosa e se propaga por tosse, espirro, saliva e superfícies contaminadas. Sua prevalência é maior na primavera e no inverno.

Assim como o sarampo, a catapora e a escarlatina, a roséola faz parte do grupo das doenças exantemáticas infantis – patologias infecciosas que provocam erupções cutâneas avermelhadas (eritematosas) e sintomas sistêmicos, febre e mal-estar, entre eles. 

Mal-estar geral

Uma das principais características da doença é que ela provoca episódios de febre alta, que podem chegar a 40ºC. As mães costumam ficar assustadas, pois a febre é repentina e, quando a temperatura volta ao normal depois de alguns dias, começam a aparecer manchas avermelhadas na pele. Essas erupções, que não provocam dor e coceira, geralmente se localizam no tronco, nos braços e nas pernas.

Também pode haver pápulas vermelhas e erosões na parte de trás da boca, próximo à garganta, além de inchaço nas pálpebras ou ao redor dos olhos.  

Outros sintomas da roséola são: fadiga, perda de apetite, irritabilidade e gânglios inchados (geralmente na parte de trás da cabeça e no pescoço). Algumas crianças podem ter dor de garganta e convulsões devido à febre alta. A doença é mais contagiosa na fase da febre. 

O quadro pode se agravar 

Em casos mais complicados, a roséola pode provocar encefalopatia (inflamação do encéfalo) e meningite. O nome exantema súbito, que também é usado para se referir à roséola, diz respeito ao aparecimento repentino de erupções cutâneas avermelhadas. 

Também em adultos

Geralmente, infecta crianças nos primeiros anos de vida, mas pode aparecer também em adultos com o sistema imunológico debilitado. Esse é o caso, por exemplo, de pessoas que convivem com o HIV, que passaram por um transplante ou que estejam fazendo tratamento de câncer. 

Sem vacina

Não há vacina para combater a roséola, que é considerada uma doença de evolução benigna e autolimitada, em que o desaparecimento ocorre naturalmente depois de determinado tempo.  

O tratamento da doença é focado no alívio dos sintomas, como repouso, hidratação e antitérmicos para evitar que a temperatura corporal suba demais. Muitas vezes, o pediatra recomenda banhos mornos para baixar a febre nos períodos de pausa da medicação. Esse é um cuidado fundamental, já que não se deve dar remédios para baixar a febre mais vezes do que o indicado pelo médico.  


Revisão Técnica: Luiz Antônio Vasconcelos, especialista em Clínica Médica, Medicina Interna, Cardiologia e Ecocardiografia. Cardiologista e clínico das unidades de pronto atendimento e do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. 



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