saliva em excesso tem nome
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Produzida pelas glândulas salivares, a saliva desempenha um papel fundamental na digestão, lubrificação, limpeza e proteção dos dentes e gengivas, além da manutenção da homeostase corporal — a capacidade do organismo de se manter em equilíbrio.
Por dia, um adulto produz de 500 ml a 2 litros de saliva. Mas, se a produção de saliva for excessiva, ocorre uma condição chamada sialorreia, também conhecida como hipersialose. Um dos principais riscos da sialorreia são os engasgos, por causa de uma quantidade de saliva na boca acima do normal. A sialorreia prejudica a mastigação, interfere na fala e impacta no aspecto social do indivíduo.
A sialorreia pode ser primária se tiver como origem uma secreção aumentada das glândulas salivares. Já a secundária está relacionada a uma falha na coordenação dos músculos da língua, palato e face que atuam na fase oral da deglutição.
Estima-se que a metade dos pacientes com paralisia cerebral tenha essa condição. Em quadros de doenças neurológicas degenerativas esse porcentual costuma ser maior e pode chegar a 80%. Em bebês, é comum uma maior salivação, mas que desaparece entre 15 a 36 meses.
Quais as causas da sialorreia?
A sialorreia tem mais de uma origem. Entre as anatômicas, destacam-se problemas ortodônticos, língua volumosa, má oclusão dentária, obstrução nasal, má postura de cabeça e pescoço. Há causas decorrentes de problemas neurológicos, como paralisia cerebral, esclerose múltipla, Parkinson e acidente vascular cerebral.
O aumento da produção de saliva também pode se originar por causa de cáries e surgimento de dentes, alguns tipos de câncer e efeitos colaterais de medicamentos.
Diagnóstico
Para confirmar a sialorreia é feita uma avaliação clínica para examinar, por exemplo, a cavidade oral, o tamanho da língua e se existe alguma obstrução nasal. O diagnóstico é essencialmente clínico. O profissional mais indicado para a confirmação do diagnóstico é o médico otorrinolaringologista.
Tratamento da sialorreia
O tratamento da sialorreia engloba o suporte de um médico e de um fonoaudiólogo. Uma das terapias usadas, e considerada a forma mais eficaz, é a aplicação de toxina botulínica nas glândulas salivares. Medicamentos que diminuem a salivação e radioterapia também são empregados. Todos os tratamentos precisam ser indicados por um especialista.
O fortalecimento da musculatura da cavidade oral, sob supervisão de um fonoaudiólogo, tem papel importante no tratamento. Outras formas de terapia corrigem o posicionamento do lábio, língua, mandíbula, postura de cabeça e pescoço.
Prevenção
A sialorreia não tem como ser prevenida. Se for decorrente de quadros neurológicos graves, o recomendado, em pacientes já tratados, é um controle rigoroso, com avaliações médicas periódicas para verificar o intervalo de reaplicação de medicamentos.
Revisão Técnica: Sabrina Bernardez Pereira, Médica Economia da Saúde Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em Cardiologia pela SBC/AMB, doutorado em Ciências Cardiovasculares Universidade Federal Fluminense (UFF).
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