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Veja como se proteger do vírus H1N1 | Vida Saudável

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O que é H1N1?

O H1N1 é um subtipo do vírus influenza A, causador da gripe. Com grande potencial de transmissão, provoca uma infecção aguda do sistema respiratório e pode representar uma ameaça à saúde, especialmente em crianças, idosos e pessoas com pneumopatias (incluindo asma), doenças cardiovasculares e enfermidades no fígado ou rins, entre outras.

O primeiro caso da infecção foi registrado no México, em 2009, quando a doença se popularizou como gripe A ou gripe suína, por conter um ARN (ácido ribonucleico) típico de vírus suínos. O surto se espalhou rapidamente, alcançando a América do Norte, Europa, Oceania e Brasil. No mesmo ano, atingiu 75 países de todos os continentes, levando a OMS (Organização Mundial da Saúde) a decretar estado de pandemia.

No Brasil, foram adotadas medidas emergenciais para ampliação de leitos e compra de insumos médicos. A vacina foi desenvolvida rapidamente e se tornou disponível ainda em 2009. As primeiras doses do imunizante foram adquiridas de três fabricantes, sendo que um deles firmou parceria para transferência de tecnologia ao país, via Instituto Butantan, integrando o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.

Vírus Influenza 

Além do tipo A, que possui o subtipo H1N1, o vírus Influenza tem outros três tipos identificados: B, C e D. Os tipos A e B são responsáveis pelas epidemias sazonais, sendo o tipo A responsável pelas pandemias, incluindo a chamada Gripe Espanhola, que afetou gravemente a Europa entre 1918 e 1920. O tipo A pode acometer humanos e outras espécies, como aves, suínos, cavalos e mamíferos marinhos. O tipo C causa infecções brandas e não está associado a surtos significativos em humanos. O tipo D afeta principalmente bovinos.

Quais os sintomas de H1N1?

  • Febre;
  • Dor de garganta; 
  • Dor de cabeça;
  • Dores musculares;
  • Irritação nos olhos;
  • Coriza;
  • Diarreia;
  • Cansaço;
  • Perda de apetite.

A doença pode ainda provocar complicações mais relevantes, tais como sinusite, otite, desidratação, pneumonia e o agravamento de doenças crônicas.

Prevenção de H1N1

A forma mais eficiente de prevenção é a vacinação. O imunizante é seguro e eficaz, evitando casos graves e óbitos. Como o vírus passa por mutações frequentes, a imunização precisa também ser recorrente. 

Existe no Brasil uma campanha anual de vacinação contra a gripe, realizada pelo Ministério da Saúde, que protege contra três subtipos do vírus que mais circularam no Hemisfério Sul.

A vacinação pode ser realizada durante a gravidez, garantindo proteção à gestante, ao feto e ao recém-nascido nos primeiros meses de vida. Estudos demonstram que a medida reduz pela metade o risco de infecção respiratória aguda e em 40% o risco de hospitalização. Além da vacinação, recomendam-se outras ações preventivas.  São elas:

  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Uso de lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados;
  • Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evite aglomerações e ambientes fechados (procure manter os ambientes ventilados);
  • Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Nova cepa do Influenza

No segundo semestre de 2021, um novo subtipo do Influenza A foi descoberto, o H3N2, também chamado de Darwin. A primeira ocorrência no Brasil foi confirmada em amostras do Rio de Janeiro. Os sintomas, contudo, são muito semelhantes aos provocados pelo H1N1. 

Houve um salto de casos no período, atribuído à nova cepa, mas também outros fatores, como a redução da adesão à campanha de vacinação contra gripe e a gradual saída do isolamento social gerado pela pandemia de Covid-19. A vacina fornecida pelo SUS, na campanha de vacinação contra a gripe de 2022, já tinha proteção contra a nova cepa.


Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, médico do pronto atendimento e corpo clínico, preceptor da residência em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein.



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