Você sabe o que é dermatite atópica? Saiba aqui!
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A pele é o maior órgão do nosso corpo, mas um dos mais subestimados. Diariamente, ela funciona como uma grande defesa para os nossos órgãos e sofre a ações danosas provenientes de traumas mecânicos (as famosas pancadas), cortes, raios solares e muito mais.
Por isso, não é de se espantar que muitas doenças e problemas de saúde afetem essa região. Uma delas é a dermatite atópica, que compromete a qualidade de vida das pessoas portadoras dessa condição.
Você sabe o que é dermatite atópica? Ainda não? Continue a leitura e fique por dentro das principais informações sobre essa alteração cutânea tão importante.
O que é dermatite atópica?
Para entendermos o que é a dermatite atópica,vamos tomar como ponto de partida o nome desse problema. Derma é um prefixo relacionado à pele, enquanto “ite” é um sufixo associado à presença de inflamações.
Sendo assim, temos uma inflamação na pele. Essa é uma doença crônica que, muitas vezes, não tem um gatilho muito bem definido. Ela é caracterizada pela presença de lesões que formam crostas e coçam bastante, incomodando muito o paciente afetado.
Como se manifesta?
A dermatite atópica se manifesta como a presença de lesões que coçam, normalmente, e atingem áreas como as mãos, os braços e a parte de trás das pernas, na região da articulação dos joelhos. Apesar disso, pode afetar todo o corpo, sem restrições.
Uma característica interessante é que, muitas vezes, pacientes com dermatite atópica apresentam também problemas respiratórios, especialmente, a rinite (inflamação da camada interna do nariz) e a asma (que atinge os brônquios pulmonares).
Quais são as possíveis causas da dermatite atópica?
Não se sabe bem quais são as causas para esse problema. Ainda são necessárias pesquisas para definir a sua origem, mas hipóteses levantadas trazem pontos como a presença de uma pele naturalmente mais sensível associados com a debilitação do sistema imunológico.
Quais são os sintomas?
Agora, é hora de você conferir os principais sintomas da dermatite atópica. Vamos lá!
Inchaço na pele
Um dos sintomas mais frequentes da dermatite atópica é o inchaço da pele, causado pela inflamação. Ele pode ser generalizado ou afetar apenas as regiões das lesões.
Vermelhidão
Outro ponto bem característico de inflamações é a vermelhidão. Isso é causado por conta da migração de células e de sangue para a área afetada, em uma tentativa de resolver o problema.
Alteração na temperatura da pele
A temperatura de uma área inflamada também tende a ficar mais elevada. Por isso, não é incomum encontrarmos pacientes com dermatite atópica que apresentam áreas da pele com uma sensação mais quente do que as demais.
Descamação da pele
Devido à coceira, é possível que você também apresente descamação cutânea. Além disso, esse sintoma pode surgir como uma tentativa de regeneração da pele ou também por conta do ressecamento.
Secreções
A ocorrência de secreções e, por vezes, sangramentos é um problema frequente para quem sofre com as lesões geradas pela dermatite atópica.
Alteração no tom da pele
É possível que você note que a coloração de certos pontos da sua pele — os mesmos que são afetados pelas lesões — mudou. Eles podem ficar mais claros ou mais escuros, mas qualquer alteração na tonalidade deve ser um sinal de alerta e ser observado por um médico.
Mudança na textura da pele
As lesões também podem fazer com que a textura da pele mude, tornando-a áspera ou com uma sensação parecida com a de couro, ou seja, lisa e ressecada. Alterações dessa natureza devem ser avaliadas o quanto antes por um dermatologista.
Coceira constante
Por fim, temos um dos sintomas mais característicos da dermatite atópica: a coceira. Também chamada de prurido, ela pode acontecer em lesões já estabelecidas ou, até mesmo, em pele “íntegra”, precedendo o surgimento do problema. Esse é outro sinal de alerta para que você busque a opinião de um médico especialista, como o dermatologista.
Há fatores de risco para o seu desenvolvimento?
Processos alérgicos são um dos principais fatores de risco, fazendo com que o sistema imunológico do paciente fique constantemente debilitado. Assim, existe a propensão de desenvolvimento desse problema. Questões como exposição a produtos químicos e a presença de uma pele naturalmente mais seca também podem ser incluídas nesse contexto.
Como é feito o diagnóstico da dermatite atópica?
Apesar de ser um problema relativamente comum, não há um exame específico para a dermatite atópica. Por isso, é preciso que seja avaliado por um bom dermatologista, que analisará os seus sintomas e pedirá exames para excluir outras possíveis causas para as manifestações desses sinais.
Alguns testes que podem ser solicitados são raspagens da pele, citologias e testes alérgicos. Se forem negativos, é fechado o diagnóstico de dermatite atópica.
Quais são os possíveis tratamentos?
O tratamento para a dermatite atópica é medicamentoso. É preciso que o paciente faça uso de remédios orais (como os comprimidos de antialérgicos) e tópicos, ou seja, aqueles que são aplicados sobre a pele.
A combinação entre o uso de pomadas e loções associados a medicamentos orais costuma ser muito eficiente para o controle das coceiras e a cicatrização das lesões. Para evitar que haja novas ocorrências, o paciente deve investir em cuidados como:
- Hidratar a pele;
- Evitar contato com produtos químicos ou que possam gerar alergia;
- Ter uma alimentação saudável, para que a imunidade fique mais forte e novas crises sejam evitadas.
Apesar de ser um problema localizado na pele, como vimos, a dematite atópica pode indicar a presença de um sistema imune debilitado. Por isso, o acompanhamento médico durante as crises é fundamental para os portadores dessa condição.
Percebeu que a dermatite atópica é desafiadora, certo? A boa notícia é que há tratamentos eficientes para o problema, o que ajuda bastante na qualidade de vida de quem lida com essa condição. Então, busque auxílio médico assim que notar os sintomas.
Aproveitando, que tal aprender mais sobre outra condição muito frequente e que afeta a pele de milhares de brasileiros, todos os anos? Estamos falando sobre o câncer de pele. Não se esqueça de que buscar informação é a melhor forma de prevenir essa doença.
Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).
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