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Adenite mesentérica infantil atinge jovens até 25 anos

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A adenite mesentérica é uma inflamação nos nódulos linfáticos do mesentério, órgão em forma de dobra dupla, localizado no fim do peritônio (revestimento da cavidade abdominal), que proporciona sustentação e favorece a irrigação sanguínea dos órgãos do aparelho digestivo.

No entanto, crianças estão entre os pacientes mais frequentes da adenite mesentérica, que também pode acometer jovens adultos — especialmente até os 25 anos.

Mas, ao contrário da apendicite, o tratamento não requer cirurgia. A terapia é sintomática e, quando a inflamação é desencadeada por infecção bacteriana, também são utilizados antibióticos.

Quais são os principais sintomas da Adenite mesentérica?

As dores intensas costumam ser o sintoma mais relevante, sendo que o incômodo atinge o lado inferior direito do abdome. Alem disso, os pacientes também podem apresentar:

  • Febre;
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Sensação de mal-estar generalizado;
  • Perda de peso;
  • Desidratação.

Contudo, existem casos onde a adenite mesentérica não causa sintomas e acaba sendo identificada somente através de exames de rotina, como a ultrassonografia abdominal.

Quais são as principais causas da doença?

A adenite mesentérica é geralmente desencadeada após infecções virais, mas também pode surgir após infecções bacterianas, sendo os microrganismos mais comumente detectados a Yersinia pseudotuberculosis e a Yersiniaenterocolítica.

Desde o início da pandemia, também estão sendo registrados casos de adenite mesentérica após contágio pelo Sars-Cov-2, o coronavírus responsável pela Covid-19. Acometendo tanto crianças quanto adultos, a inflamação nesses casos pode ser multissistêmica, ou seja, atingir mais regiões do organismo.

Como é realizado o diagnóstico?

Diante dos sintomas, o primeiro passo é procurar atendimento médico, que pode ser feito por clínico geral, gastroenterologista ou pediatra, para  realizar a primeira avaliação clínica, sendo importante nesse momento relatar se o paciente teve outros sintomas recentes, como sintomas gripais e de inflamação do trato respiratório.

Dessa maneira, tais informações podem favorecer o diagnóstico de adenite mesentérica desencadeada por vírus.

Além disso, o médico poderá solicitar exames complementares, como ultrassonografia e tomografia computadorizada.

Em alguns casos, também podem ser necessários: exames de sangue e de urina para excluir a possibilidade de outras enfermidades, assim como identificar o tipo de bactéria, no caso de infecções bacterianas, para a indicação adequada de antibiótico.

Como é feito o tratamento da doença?

O primeiro passo do tratamento é amenizar o desconforto do paciente. Por isso, são receitados medicamentos para os sintomas, que aliviam as dores, controlam a febre e restauram o bom funcionamento do aparelho digestivo.

No caso de infecções bacterianas, é necessário o uso de antibióticos. Contudo, as dores podem persistir por semanas ou meses, o que requer acompanhamento médico para os ajustes necessários no tratamento. Hidratação adequada e orientações nutricionais também podem contribuir com a boa evolução do tratamento.

Revisão técnica: Sabrina Bernardez Pereira, médica da Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), mestrado e doutorado em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal Fluminense.



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