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Parto pélvico: o que é, como é feito e riscos

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O parto pélvico acontece quando o bebê nasce na posição contrária ao habitual, por se encontrar sentado dentro da barriga durante o parto. Isso faz com que os pés ou as nádegas do bebê saiam primeiro do que a cabeça.

Caso o bebê não esteja virado de cabeça para baixo entre a 36ª e a 38ª semana de gestação, a gestante pode fazer alongamentos para ajudar o bebê a virar de cabeça para baixo. Quando isso não é possível, o obstetra pode fazer uma versão cefálica externa, que consiste em virar o bebê através de manobras específicas na barriga da gestante. Confira 4 exercícios para ajudar o bebê a virar de cabeça para baixo.

Se mesmo com as manobras o bebê não virar e forem reunidas todas as condições, o parto pélvico pode ser realizado em segurança. Ainda assim, existem alguns casos, como quando o bebê é muito pesado ou prematuro, ou quando o estado de saúde da mulher não o permite, em que pode ser necessário fazer uma cesárea. 

Quando é indicado

O parto pélvico pode ser indicado sempre que o bebê está na posição sentada no final da gravidez, e tanto o feto como a gestante possuem todos os requisitos para um parto vaginal. Veja em que situações está indicada a cesárea em vez do parto vaginal.

No entanto, esse tipo de parto deve ser feito somente por uma equipe médica experiente, contando com obstetra, neonatologista, anestesista e enfermeiro obstétrico, e realizado em ambiente hospitalar, para que existam condições que permitam realizar uma cesariana de emergência, se necessário.

Quem pode fazer parto pélvico

Para que seja possível fazer o parto pélvico com segurança, a gestante e o bebê precisam respeitar alguns critérios:

  • O bebê não pode ter peso inferior a 2.500kg ou superior a 3.800kg;
  • Deve ser possível visualizar o cordão umbilical de forma clara no ultrassom;
  • O bebê não pode ter a cabeça inclinada para trás;
  • O bebê não deve ter nenhuma anomalia.

Além disso, o parto pélvico só é permitido quando não existe nenhuma contraindicação para parto vaginal, como placenta prévia total ou parcial, por exemplo. 

Como é feito o parto pélvico

O parto pélvico deve ser sempre feito no hospital, mas existem técnicas diferentes que o obstetra pode realizar:

  • Parto pélvico espontâneo: nesse tipo de parto o obstetra não realiza nenhuma técnica de manipulação no bebê, e geralmente ocorre em partos muito prematuros;
  • Parto pélvico assistido: é o tipo mais comum de parto pélvico vaginal, em que o bebê sai espontaneamente até o umbigo e depois o obstetra realiza manobras para auxiliar a saída dos braços e cabeça do bebê;
  • Extração pélvica total: neste tipo de parto pélvico, o obstetra realiza manobras desde o início para retirar primeiro os pés do bebê e depois o resto do corpo. Geralmente, este tipo de técnica é utilizada em partos de gêmeos, para retirar o segundo bebê gêmeo, que não atingiu a posição cefálica antes do nascimento.

Durante o parto pélvico, os batimentos cardíacos do bebê devem ser monitorados a cada 5 minutos, podendo também ser feita a monitorização eletrônica fetal, se necessária. Veja como é feito o monitoramento dos batimentos cardíacos do feto.

Como saber se o bebê está sentado

Para saber se o bebê está sentado ou se virou de cabeça para baixo, o médico pode observar a forma da barriga e fazer um ultrassom por volta da 35ª semana. 

Além disso, a grávida também pode perceber quando o bebê vira de cabeça para baixo, através de alguns sinais como sentir as pernas do bebê no tórax ou ter mais vontade para urinar, por exemplo, devido a uma maior compressão da bexiga. Veja outros sinais que indicam que o bebê virou de cabeça para baixo.  

Porque o bebê não vira a cabeça para baixo

O bebê pode encontrar-se em diferentes posições ao longo da gravidez, porém, por volta da 36ª semana, é comum que fique de cabeça para baixo, já que a partir dessa fase da gravidez, o bebê já se encontra com um tamanho que pode dificultar a mudança de posição. 

Algumas das causas que podem dificultar que o bebê vire de cabeça para baixo no final da gravidez, são:

  • Existência de gravidezes anteriores;
  • Gravidez de gêmeos;
  • Líquido amniótico em excesso ou insuficiente, o que leva a que o bebê não se consiga mexer, ou se consiga mexer com muita facilidade;
  • Alterações na forma do útero;
  • Presença de mioma uterino;
  • Placenta prévia.

A placenta prévia, acontece quando a placenta está posicionada de uma forma que recobre a abertura interna do colo do útero. Saiba mais sobre a placenta prévia e como identificar.  

Possíveis riscos do parto pélvico

O parto pélvico apresenta mais riscos do que um parto normal, porque existe a possibilidade do bebê ficar preso no canal vaginal ou o cordão umbilical ficar torcido ou comprimido durante o parto, podendo levar à diminuição do fornecimento de oxigênio, aumentando o risco de danos no cérebro. 

Além disso, também existe o risco dos ombros e da cabeça ficarem presos nos ossos da pelve da mãe, além de existir um risco aumentado de lesões nas pernas, nos braços, podendo, até mesmo, resultar em ossos quebrados ou deslocados no bebê.

É mais seguro fazer cesárea ou parto pélvico?

Assim como o parto pélvico, a cesárea também apresenta alguns riscos para o bebê e para a mãe, como infecções, sangramentos ou lesões nos órgãos em torno do útero, por exemplo. 

Por isso, é muito importante que o obstetra faça uma avaliação da situação, tendo em conta o estado de saúde e as preferências da mãe, assim como as características do bebê, de forma a determinar o método mais adequado.





Fonte: tuasaude.com

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