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Quando ir ao pronto-socorro? Saiba as situações que realmente exigem pronto atendimento | Vida Saudável


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Imagine-se no conforto de sua casa quando uma dor súbita ou um sintoma inesperado surge. A dúvida é inevitável: será que já é hora de ir ao hospital ou é possível esperar o agendamento de uma consulta? Saber quando procurar o pronto atendimento é essencial para garantir um serviço rápido e eficiente a quem realmente precisa, além de evitar superlotação e longas esperas.

 O pronto atendimento (PA), ou pronto-socorro (PS), é destinado para casos que exigem atendimento ágil, pois estão relacionados a condições que podem evoluir rapidamente para quadros mais graves, causando desconforto ou até mesmo risco de vida. São circunstâncias que não podem ser adiadas até uma consulta eletiva e agendada.

Ir ao pronto-socorro ou marcar uma consulta médica?

Em um pronto atendimento, os profissionais de saúde buscam identificar e tratar condições de maior gravidade e risco para os pacientes. Assim, os sintomas são investigados com o objetivo de descartar essas ameaças reais, o que pode resultar na realização de um número maior de exames.

Além disso, como os profissionais não têm conhecimento completo do histórico de cada paciente, em alguns casos, podem não determinar a causa do sintoma devido ao início precoce, limitando-se a aliviar temporariamente com medicamentos. Assim, a investigação mais aprofundada fica a cargo do atendimento em consultório.

Também é importante ressaltar que o uso sem necessidade do pronto atendimento pode expor o paciente a riscos desnecessários. Isso ocorre porque os ambientes de pronto-socorro podem ter alta concentração de pessoas com diferentes doenças, aumentando a probabilidade de infecção.

As unidades básicas de saúde (UBS) e os consultórios médicos são indicados para cuidados preventivos e controle de doenças a longo prazo. Contar com um profissional da saúde para acompanhar seu histórico médico permite descobrir doenças logo no início, além de tratar melhor as condições crônicas e prevenir problemas de saúde. Seu médico também pode orientar sobre hábitos saudáveis e ajustar tratamentos conforme necessário para mais qualidade de vida.

A telemedicina pode ajudar

A telemedicina, cada vez mais popular, permite consultas online para problemas menores, e reduz a necessidade de deslocamento e exposição a ambientes potencialmente contaminados. Ela é ideal para situações que não exigem atendimento presencial, como renovação de receitas, acompanhamento de condições crônicas estáveis e orientação sobre sintomas leves.

Além da praticidade e economia de tempo, a facilidade no acesso à telemedicina também é um dos benefícios desse serviço. Com os avanços tecnológicos cada vez mais presentes no dia a dia, torna-se mais fácil acessar os serviços de saúde de forma remota. Hoje, é possível realizar consultas com segurança diretamente pelo celular, por aplicativos ou plataformas online. Mais conveniência para pacientes que conseguem receber orientações médicas de qualquer lugar.

Como usar os serviços de saúde?

Escolher o serviço de saúde adequado pode fazer toda a diferença no seu atendimento e resultados para sua saúde:

  • problemas menores e acompanhamento regular: utilize a telemedicina, UBS e consultórios médicos
  • situações que requerem intervenção rápida: procure o pronto atendimento ou o pronto-socorro. Eles são reservados para situações graves como infartos, acidentes vasculares cerebrais, grandes traumas, acidentes graves e outros casos críticos. Esses serviços estão preparados para oferecer suporte avançado de vida, incluindo cirurgia de emergência e cuidados intensivos

Quando ir ao pronto atendimento?

Distinguir quando procurar um pronto-socorro faz toda a diferença na eficiência do sistema de saúde e na qualidade do cuidado recebido. O pronto atendimento é um recurso valioso para situações que necessitam de cuidado rápido devido à gravidade dos sintomas.

Aqui estão alguns dos principais sinais que devem orientar se o paciente deve ou não procurar o pronto atendimento:

Quando ir

  • dor no peito intensa, sensação de pressão ou aperto, especialmente se irradiar para braço ou mandíbula
  • dor que não passa ou piora e tem duração superior a10 minutos, mais forte do que o habitual e não melhora com analgésico comum, associada a prostração, febre, alterações de fala, força ou sensibilidade
  • dificuldade respiratória grave ou sensação de sufocamento;
  • desmaios ou perda súbita de consciência
  • vômitos, evacuação ou tosse com sangue
  • dor abdominal intensa e súbita
  • lesões traumáticas ou fraturas
  • perda de força ou dormência em membros, especialmente se surgir de repente;
  • sangramento vaginal significativo durante a gravidez
  • queimaduras severas ou de grande extensão
  • exaustão acentuada que impede a alimentação ou a execução de atividades cotidianas
  • confusão mental

Quando evitar

  • resfriados e gripes sem complicações severas
  • pequenos cortes e arranhões que não necessitam de sutura
  • dor de garganta sem febre alta
  • dor de cabeça leve e não persistente
  • doenças crônicas sem mudança de seu padrão

Reconhecer quando um sintoma é sério o suficiente e procurar um pronto atendimento garante que o paciente receba o cuidado imediato necessário. Identificar quando pode ser tratado de outras maneiras contribui para um atendimento mais eficaz para todos.


Revisão técnica: José Leão Souza Jr., cardiologista no Hospital Israelita Albert Einstein



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